segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um tchau pra 2010


 Chorei por coisas que nunca aconteceram e nunca iriam acontecer, não viajei, quase perdi minha melhor amiga, senti um vazio sem fim dentro de mim. Aconteceram tantas coisas, e mesmo assim parece que não aconteceu nada. Por mais que eu tenha passado por diversas situações delicadas, sobrevivi a todas elas. O ano está terminando e eu estou aqui: VI-VA. Forte. Mais adulta. Preparada para me despedir desse 2010 com um grande sorriso estampado em minha boca e tendo a certeza de que o próximo ano será diferente, que mesmo que haja lágrimas a alegria irá aparecer em meu caminho. Sabe, vou parar de ficar me lamentando e seguir em frente. Ir a luta mesmo. Sair um pouco mais de casa e olhar mais para o céu. Não só desejar um ano diferente, mas fazer com que seja diferente. Fazer mais coisas acontecer, e se não acontecer me contentar do mesmo jeito. Esquecer um pouco de paixões e dar valor ao meu amor-maior. Me preparar para despedidas, para novas escolhas. Contar até 1000 quando for preciso e lembrar que sou muito linda para ficar com rugas causadas por estresse. Acreditar mais em mim mesma... Quer saber? 2011 vai ser diferente. Porque 2010 me fez ficar diferente. Não guardo mágoa do coitado, só agradeço por ele ter feito tudo o que fez comigo.
  Um ótimo 2011 para todos, e ao invés de reclamarem que nada acontece, PROCURE ALGO E FAÇA ACONTECER! Um novo corte de cabelo, nem que seja cortar só as pontas, já é fazer algo acontecer. Cresça, mas não deixe sua inocência e sua doçura de lado. Be happy!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Let it shine


 Já me importei (e muito) com a opinião das pessoas, fazia aquele estilo de "tô nem aí, sou descolada" mas tinha necessidade de agradar os outros. Pois isso, graças a Deus, mudou. Cresci e me tornei quem sou hoje em dia. Sei que num futuro eu vou mudar de novo, vou amadurecer. Enquanto isso, pego meu café, folheio o jornal e procuro algo que me chame a atenção. Faço birra quando alguém não fala comigo e fico carente porque minha melhor amiga não retorna minhas mensagens. Procuro informações sobre milhares de faculdades e tento achar algum emprego perto de casa.
 Ouço a todo instante reclamações sobre mim. Tento mudar porque até eu fico enjoadinha de tantos defeitos. Mas... Quer saber de uma coisa? Eu vou é ser feliz. Ligar o botão "I DON'T CARE" e sair saltitando aí pelos campos verdes ou pelas ruas cinzentas. Soltar gargalhadas e que os outros olhem assustados. Eu quero é ser feliz, esqueceu? Não? Que bom. Quer me acompanhar? Não há lotação e nem precisa de passaporte, passagem ou preparar as malas para embarcar na aventura da felicidade. É só abrir seu coração e deixar o brilho do sol entrar.

sábado, 20 de novembro de 2010

Deixe-me, venha, não se vá


 A gente fica assim: você segue seu caminho, eu sigo o meu. Por hora, deixe-me aqui. Vá viajar, vá trabalhar, mas vá. E me deixe aqui. Procure-me um pouco mais, me espere mais um pouco e não entre em contato. Pelo menos por enquanto. Estou tentando me recuperar da última queda. Bem, não custa tentar. Mas me deixe aqui tentando. Sozinha. Sabe, não gosto muito dessa palavra. "Sozinha". Eu não estou sozinha. Nem você. Um dia ainda vamos nos encontrar, né? A gente vai se conhecer uma hora, ah! se a gente vai. Mas daí você me promete que não vai mais me deixar? Nem eu saio da sua vida, nem você foge da minha. Pode ser assim? Porque estou cansada, exausta, de caminhar por aí sem companhia, sem alguém para conversar, trocar risos. Venha, mas venha na hora certa. Vai ser num dia, ou numa noite (não me importa, contanto que chegue).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meu amargo novembro


 Chego em casa, tiro aquele tênis surrado e imundo e todo o meu uniforme. Coloco algo mais confortável, menos meu pijama preferido e meu par de pantufas. Ligo o netbook, vejo as novidades e... não, ninguém lembrou-se de mim. Tudo bem. Ninguém no msn. Como eu queria poder falar com alguém que sinto falta (mas orgulho besta não deixa). Deito-me na cama e começo a pensar na vida e converso com personagens imaginários (ser filha única não fez bem a minha saúde mental). Cadê a minha camiseta preta que deixei separada? Vou sair andar pela cidade e conhecer a nova loja de calçados que foi inaugurada há alguns meses. Quem sabe numa rua qualquer eu não encontre alguém para ir tomar um sorvete? Tenho que pagar a taxa de insrição da prova. Fila do banco tá muito comprida, volto amanhã. Tô precisando de um novo corte de cabelo, uma nova cor nas unhas, um novo vestido floral. E se não for pedir muito, um novo amor também. Não precisa ser desses de cinema, já me contento com um sincero e duradouro. Tudo bem, eu espero mais um pouco, não precisa ser tão já. Agora, deixa eu ir fofocar com a minha amiga e dar risada. Por favor, deixa-me ser feliz. Não muito, mas também não pouco: quero felicidade na medida certa. Ai, cansei. Posso voltar pra casa agora? Tenho que ajudar minha mãe a fazer a janta, depois que lavar a louça vou assistir novela. Já são 23:00? Okay, boa noite. Aula amanhã... não, não estou afim. Tenho que ir, é semana de provas finais. To enjoada de ver as mesmas pessoas lá do colégio. Gosto da minha voz quando dou "bom dia", ela fica rouca. Como o sinal é insuportável. Trabalho pra amanhã? Ah!, brincou, né profe? Tô exausta! Falta muito pra chegar dezembro?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Rascunho de uma futura pessoa


 Sou feita de lembranças daquilo que nunca existiu, de choros pelo que nunca se tornaria real. Sou feita de cicatrizes que eu mesma fiz quando achei que ia dar certo.
 Já fui daquelas que tem o barulho de seu choro como canção de ninar. Hoje, me sobrou a indiferença. Não é que eu não sinta, não é que não me importe. É só que eu aprendi a ser forte. Cometo meus deslizes, algumas vezes. Tenho recaídas, penso nunca mais me recuperar.
 Aprendi a continuar procurando pelo "felizes para sempre" que sempre acreditei existir mesmo que o mundo fale que é só mais uma besteira que nos fizeram acreditar.
 Tenho minhas imperfeições, e não são poucas. Não sou algum tipo de princesa inocente presa no alto de uma torre como todos pensam. Não aceito quando vejo algo errado e fica tudo como está. Batalho silenciosamente até que as coisas estejam corretas ao meu ver.
 Levo comigo tudo aquilo que me convém, e aquilo que não me faz bem, deixo numa caixinha pelo caminho. Quando olhar para trás, poderei ver que já fez parte de minha vida e terei uma prova de que um dia foi real.
 Sempre me empolgo com uma ideia, mas logo depois acaba aquela vontade de continuar fazendo aquilo. Nunca consigo fazer com que algo dure por muito tempo. Tenho problemas? Não, tenho que aprender a crescer. Tenho que aprender a ser uma pessoa diferente e parar de esperar as mudanças dos outros.

sábado, 23 de outubro de 2010

E o futuro?

 
O futuro é algo impossível de se prever e, quando sabemos o que vai acontecer, até perde lá sua graça. Mas as decisões que fazemos no presente podem alterar o que vem pela frente. Uma ideia que você tem pode mudar a vida de milhões de pessoas, uma escolha sua pode sim alterar um país. Com erros ou acertos, de quatro em quatro anos temos que exercer essas escolhas. Ano de eleição é sempre assim: na escola, todas as matérias tem algo relacionado a política, nas ruas centenas de cartazes com nomes desconhecidos e um monte de números, na mídia... POLÍTICA! E por mais que tudo gire em torno da política e em conscientizar a população, ainda há aqueles que não querem saber, que na hora de votar vão na urna e escolhe qualquer número (tem gente que até vota em político falecido!). O que era pra ser sério, hoje é dia em banal. O que era para ser pensado como novas chances de melhorar tantas coisas, é jogado de lado e rotulado como imprestável. Não acredito que a culpa esteja somente no meio do povo. Os líderes (que em sua grande maioria só lidera o dinheiro do povo para os próprios bolsos) também tem uma grande parte de responsabilidade pelo desinteresse do povo. Qualquer dia desses, preste atenção na sua aula de história (eu sei o quanto é difícil, mas vai valer a pena) e você verá que não é de hoje que os "chefões" não tem cumprido sua parte com a sociedade e com a pátria. Eu sei que não será o próximo presidente do nosso país que irá mudar a história inteira, mas acredito que ele poderá ajudar a ter uma nova continuação. Pense antes de votar, assim como você pensa antes de tomar qualquer decisão, e lembre-se que outras vidas dependem SIM de sua decisão.


*esse texto foi criado para a tag "De quinze em quinze", do blog Depois dos Quinze

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sinceridade


- Sim, mãe, peguei a toalha... a escova de dentes... aham mãe, to levando casacos... mãe, já está tudo pronto!
Malas, passaporte, passagens, bolsa, câmera, melhor amiga... tudo pronto para passar as férias na Itália. Seria uma viagem incrível se Steve não estivesse tão estranho nas últimas semanas. Julie conhecia aquela expressão, o que ela mais temia desde que o conheceu estava prestes a acontecer.
- Calma, Ju. Não vai acontecer nada. Eu conheço ele, ele te ama muito.
Cala a sua boca, Sophie. Não, não vou ficar calma. Sim, vai acontecer sim. E mesmo que ele me ame tanto assim como você me diz, ENTÃO POR QUE ELE ESTÁ DESSE JEITO? Puxa o ar. Conte até 1000. Agora solte.
- Tudo bem, Sophie, vou tentar desencanar um pouco. Agora, dá para andar mais depressa? Até aquela 'vozinha' de bicicleta conseguiu passar a gente.
Sophie tinha acabado de tirar sua licença para matar os outros carteira de motorista e resolveu dirigir até o aeroporto com seu irmão no banco traseiro dando ordens e mais ordens. Chegando lá, Steve saltou do carro e foi logo pegar as malas de Julie.
- Aa, muito obrigada, irmãozinho, por me ajudar aqui com as minhas coisas. - disse Sophie dando um soco no braço (um pouco mais musculoso) de seu irmão.
Julie conseguiu soltar uma gargalhada por ver a cena de seu namorado e sua melhor amiga trocando amores de irmãos. Após fazerem o "check-in", Julie voltou ao banco em que estava sentada, junto de seus tesouros, esperando o aviso de que o avião iria sair quando olhou no fundo dos olhos de Steve:
- Responda com toda a sinceridade: você me ama? E não venha com 'claro que sim' ou com frases feitas, porque você sabe que não gosto disso. Não precisa de um texto melodramático feito às pressas. Preciso apenas da verdade.
Com um olhar longo e um abraço apertado, sua pergunta foi respondida com um simples "gostaria que você não fosse". A princípio, Ju não entendeu o que ele quis dizer. Ela deitou sua cabeça no ombro do dono de seu coração e ele passou a brincar com algumas mechas de seu cabelo (que agora já estava batendo em sua cintura). Naquele momento, enquanto ela sentia algumas gotas caindo em sua cabeça, ela começou a pensar em tudo o que estava acontecendo. Tin-tum, passageiros do voo 000008910246 dirijam-se para o portão 9. Mais do que nunca, a mão de Steve estava presa fortemente em sua mão. Com um demorado beijo acompanhado de lágrimas (acho que esqueci de comentar que ele era sentimental e romântico), Steve arrumou a franja de Julie e disse:
- Você sabe a resposta. Sempre soube. Estarei te esperando. Volte logo, está bem, meu amor? E você, Sophie, tome conta dela e não deixe com que ninguém olhe pra ela. Eu amo vocês duas. - virou-se para sua namorada e completou:
- Sempre amarei.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem tem que voltar, volta.


Mesmo que por pouco tempo, ou por poucos risos. Mas quando uma pessoa é importante para nós, ela volta, cedo ou tarde, e nos encontramos numa ocasião inesperada. Trocas de olhares, sentam-se um perto do outro e depois de algum tempo, estão conversando. Sobre qualquer coisa, qualquer besteira. E a vontade de poder abraçá-la cresce a cada sorriso que forma graciosas covinhas que combinam com seus olhos  levemente puxados. Você não quer que isso acabe. Não demora muito, chega a hora de ir embora. Na despedida, lágrimas invadem seus olhos. Vai começar tudo de novo. A saudade, a preocupação. Meses depois, outro evento estará acontecendo, mais uma vez ele estará lá, lindo e perfumado. Ele voltou. Ele sempre vai voltar. Mesmo que por uma noite.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Preste atenção


  Preste atenção nisso, pois pode ser que não tenha coragem de dizer algo desse tipo para você ouvir.
  Não espere que eu vá te ligar após passar o dia sem conversar com você, porque não vou. Nem espere que eu fique agindo desesperadamente para ter sua atenção, porque isso está fora de meus planos. Gosto de ser procurada de vez em quando. Corte um pouco seu cabelo, porque desse jeito me incomoda. Mas não corte muito, para eu ver você brincar com ele enquanto percebe que estou olhando. Me abrace para me proteger, me abrace como se tivesse medo que eu escapasse, me abrace para sentir meu coração batendo rapida e enlouquecidamente com seu toque, para me aquecer quando eu disser "tá frio". Enxugue minha lágrima que por acidente está sendo derramada, e caso sejam muitas, peço que não se assuste: me abrace, deixando que eu forme leves círculos (mal) desenhados pelas minhas lágrimas em sua blusa, que por sinal eu amo quando você a veste. Já te disse, falo muita besteira quando estou brava, então já fique sabendo que quando começarmos a discutir, você vai ter que fazer com que eu fique quieta. Ah!, sempre que puder faça com que um sorriso apareça involuntariamente no canto de minha boca e me deixe corada. De vez em quando, pegue meu caderno e leia o que escrevo. Escreva uma resposta, nem que seja aquela famosa frase clichê formada por três palavras, mas que as três palavras sejam verdadeiras. Acorde-me com mensagens no celular, mas não muito cedo para eu não acabar mal-humorada. Sim, por favor, me faça sentir sua falta e sinta a minha também, mas não sempre para não nos tornarmos estranhos que não se falam. Naquele parque de diversão, aquele que eu te falei que abriu na cidade esses dias, tem uns bichinhos de pelúcia que sou apaixonada, já até dei nome para eles. Sabe, não seria nada mau você comprar os ingressos e ganhá-los para mim. Largue essa lata de Coca-Cola que me dá enjoos e segure mais na minha mão. Também é bom você ficar um tempo com seus colegas, e nunca falar mal das minhas amigas. Quando um de nós estiver saindo, simplesmente me abrace, diga que vai se cuidar. Mande uma mensagem, ou me ligue mesmo, só para avisar que está bem, mas deixe isso mais pro final e nem me ligue toda hora.  De vez em quando, diga com um olhar o quanto me ama, ou pelo menos tente. Esqueça de tudo isso, me surpreenda. Mas, por favor, que as surpresas sejam boas. Não siga tudo à risca nem tente fazer tudo de uma só vez. Se vire um pouco sozinho, aprenda a me amar, aprenda a gostar de mim. Antes que esqueça, amo o modo como sorri, seus lábios combinam perfeitamente com seus olhos. Faça isso mais vezes.
  E agora, para terminar, te digo as minhas palavras favoritas: EU TE AMO.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Procurando pela resposta


Uma vez me perguntaram: "O que é felicidade pra você?". No momento, lembro de milhares de pessoas, momentos e lugares, e em mais milhares de palavras para responder a pergunta. Nenhuma conseguiu passar de minha garganta. Com tanta demora, as pessoas desistem de escutar a resposta. Fico tentando pensar em algo, se todos conseguem responder, por que eu não? Às vezes acho que é por eu ter uma idéia diferente desse sentimento, acredito que esteja em detalhes, sorrisos e olhares, e não quando estou numa festa super badalada com um copo de bebida na mão e outros dez no chão. Não acho sentido nas coisas que meus colegas fazem (porque quando todos no grupo tem a mesma idéia e nenhum se opõe, algo está errado). Acredito que eu seja um adulto no corpo de uma adolescente de 16 anos, busco o que me trará não só uma felicidade momentânea mas uma felicidade eterna. Dias se passam, e outra vez me fazem a mesma pergunta: "O que é felicidade para você?".

sábado, 4 de setembro de 2010

Sweetest goodbye


Julie havia sido convidada para o jantar de bodas de prata dos pais de Sophie e Steve. Ela e o irmão de sua melhor amiga estavam juntos havia um mês, e ele iria aproveitar para apresentá-la oficialmente à sua família. Mal sabia ela o que a estava esperando. Chegada a grande noite, ela colocou um vestido lindo e leve que era de sua avó materna junto com uma sandália de salto, combinando delicadamente com seu cabelo preso num coque da moda. Seus pais a acompanharam na casa dos Campbell's. Tudo estava indo perfeitamente bem. Até que o primo de sua amiga e seu namorado atravessou a porta de entrada acompanhado pela mais nova namorada. Julie apertou forte a mão de seus, antes de mais nada, amigos. Era ele. Aquele cara que a fez chorar todas as noites antes de dormir por semanas, ou talvez meses. A garota com quem ele estava era o motivo para ela parar de acreditar na amizade. Sua ex-melhor amiga com seu ex-namorado. "O que ele está fazendo aqui? Aqui, na casa da minha melhor amiga. Na casa do meu namorado." Sophie, sabendo da história, fez de conta que eles não se conheciam e apresentou Julie ao seu primo e logo foram pro quintal conversar. Adam, o primo quebrador de corações, pediu que Sophie fosse ajudar na cozinha para ficar a sós com nossa querida personagem. Ouvindo toda aquela história, cansada de ter que ouvir aquela voz áspera e irritante, levantou-se e disse:
       - Esperei muito tempo por você, mas você estava ocupado demais para lembrar de minha existência. Não espere que eu vá voltar correndo pros seus braços.
Para você, meu mais doce adeus.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Someone


Desde que me conheço, me acho uma pessoa fechada. Vou deixando as pessoas entrando em meu mundo aos poucos, porque se deixar de uma vez sei que vou me apegar demais e quebrar a cara. Tento ser simpática o máximo que eu posso, respondendo um sorriso quando vejo que a pessoa está sorrindo pra mim. Mesmo depois de muitas coisas que vi, ouvi e vivi, ainda acredito no amor. Ainda acredito que um dia o encontrarei, ou ele me encontrará, como tiver que ser. Sou como uma maçã escondida atrás de tantos galhos e folhas no topo de uma árvore, ninguém a vê nem alcança. Até gosto disso. De ficar escondida e esperar que alguém comece a procurar e consiga me achar. De ficar observando tudo no meu canto, ouvindo uma boa música ou só apreciando o nada. Gosto de pensar que ainda serei encontrada, sem ter que gritar ou me desesperar demais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

At the bottom of the ocean




Tudo estava voltando a ser normal. Julie estava redescobrindo a felicidade que havia esquecido. Steve era um cara incrível, sempre a fazia rir do que fosse. Com o que ela poderia se preocupar? Com apenas um motivo: seu passado. Por incrível que pareça, toda aquela felicidade despertou lembranças enterradas em seu coração. Um dia, depois de passar algumas horas com Sophie e seu irmão mais velho, ela foi pra sua amada casa e começou a ler coisas que todos os dias lia. De uma maneira sabe-se lá como, ela conseguiu sentir algo se mexendo no coração. Era um doce menino, um pouco mais velho que Steve, e muito mais lindo. Era um amor meio "pré-adolescente" que não deu muito certo (sabe como que é, muitas fofocas, muito "ai, acho que não gosta de mim" e muitos problemas). Mas ele estava adormecido em seu coração - pode ser até por isso que houve uma época em que ela se tornou fria e calculista, sem querer saber do amor. Quando se deu conta, uma lágrima estava escorrendo por seu rosto, seguida por outras dez que por sua vez vinham antes de uma tempestade de lágrimas. Ela queria gritar por socorro, mas quem poderia ouví-la? Sophie. A única pessoa que Julie conseguiria conversar. Às vezes era bom ter uma melhor amiga.

domingo, 15 de agosto de 2010

5 pm


Era um dia ensolarado, do tipo que pessoas como Julie não suportavam. Ela estava diferente. Usava um vestido florido com uma sapatilha bege, seu cabelo (agora bem mais comprido) estava preso numa trança. Talvez as férias de verão estavam fazendo bem. Julie e Sophie, sua amiga balconista, estavam dando umas voltas no parque principal da cidadezinha do interior. Ela estava estranhamente feliz. Deitaram-se naquela grama perfeitamente verde do parque, a uns 15 metros do lago, e, como duas crianças de 6 anos, brincaram de desenhar nas nuvens. Entre risos e dores musculares na barriga, Julie foi adormecendo. Dormiu, por aproximadamente 15 minutos. Acordou com Sophie aos berros porque seu irmão acabara de voltar de uma viagem de intercâmbio da Inglaterra. Seu nome era Steve, havia completado 18 anos uma semana antes de voltar. Ele era lindo. Perfeito. Uma brisa passou e brincou com seus cabelos negros, ligeiramente ondulados. E aqueles olhos castanhos que mostravam tamanho amor por sua irmazinha e uma timidez por conhecer a amiga dela? Julie virou uma completa idiota perto dele. Ela havia se proibido de sentir algo daquele tipo, mas, e daí? Ela já estava evitando o amor há muito tempo. Já era hora de enfrentar seus medos e traumas e ter uma vida. Uma vida com uma pitada de amor e borboletas no estômago.

sábado, 24 de julho de 2010

Chuva, café e um sobretudo preto.


Era um dia chuvoso e frio naquela cidade. Um dia perfeito para ficar em casa... ou não. Julie vestiu seu jeans skinny velhinho, uma sapatilha que nunca saía de seus pés, uma camisa que ainda estava com o perfume dele, e um sobretudo preto. Sem rumo ou esperança de encontrar algum rosto conhecido, saiu pelas ruas debaixo do guarda-chuva xadrez. Seguindo por uma rua muito movimentada (mas não naquele dia) daquela cidade quase desconhecida do interior, avistou uma cafeteria inaugurada no começo do mês de junho. "Por que não?". Ela entrou naquele lugar e foi direto ao balcão, sem olhar pros lados como se procurasse alguma coisa. Uma moça simpática (simpática até demais pro gosto de Julie, mas que em breve se tornaria sua amiga) atendeu sua mais nova cliente e entregou o pedido. Capuccino médio, um prato de cookies e uma mesa só pra ela. Ela precisava disso, um momento só pra ela, sem distrações. Longe de pessoas insignificantes, longe de um mundo corrupto e cheio de hipócritas. Era ótimo como ela se sentia. Levantou-se, pagou a balconista e, com um grande sorriso (o que era uma raridade), agradeceu e prometeu voltar lá todos os finais de semana. Para muitos, seria mais uma monotonia de sua vida. Para ela, cada dia naquela cafeteria era diferente. Era o lugar onde poderia se esconder quando quisesse fugir de seus problemas. Ela passou a amar aquele lugar. Aquele lugar passou a amá-la.

terça-feira, 20 de julho de 2010

You are not alone


 Tudo começa de uma maneira que nem esperávamos. Muitas das vezes nem lembramos como começou. Mas, não importa o horário, o dia e o ano, o que importa é saber que temos alguém ao nosso lado. Alguém que, mesmo com todos os defeitos do mundo, te faz feliz. Está ao seu lado mesmo que vocês estejam morando em continentes distantes. Precisa de ajuda, mas também tem a capacidade de estender a mão quando você cai. Ninguém tem a fórmula certa para a vida, temos que aceitar o que vem e quem está nela e devemos estar dispostos a mudar de direção quando algo não está valendo a pena. Mas quando não temos mais certeza de nada, basta olharmos para o lado e ver que temos amigos de verdade conosco. A todos os meus amigos, amo vocês.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Maybe feelings, maybe thoughts


 Já perdi a conta de quantas vezes chorei por um mesmo alguém, quantas vezes desejei a uma estrela que as pessoas fossem melhores. Quantas vezes brinquei e não percebia o perigo naquilo, quantas vezes magoei alguém com medo de me magoar. Eu preciso dos meus erros para ser humana, mas não quero viver só deles. Quero viver com palavras de luz, quero não ter mais medo de perder algo ou que algo dê errado. Quero mais certezas ao invés de dúvidas, quero mais alegrias ao acabar a luta. Quero criar asas e voar para longe do sofrimento. Quero achar o que tanto procuro. Quero viver.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Hello dear friend


Gostaria que você soubesse que a vida é cheia de altos e baixos, que todos sofremos e temos alegrias. Nós perdemos e ganhamos. Todos temos uma vida difícil. Você não é a única com problemas. Pare e pense. Não adianta ficar chorando porque você quebrou a unha num dia que sua chapinha não estava ligando. Existem problemas sérios, caso a little honey não saiba. Quem dera se todas as tristezas fossem só não ter achado horário na manicure que você vai desde que era uma bebezinha, ou que aquele vestidinho ultra fashion que você comprou em liquidação e iria usar com aquela sua sandália abotinada last summer na festa da sua bff está justo ou comprido pra você. Sim, quem dera fossem problemas assim que as pessoas enfrentassem. Mas não são. Chega de reclamar que sua vida está difícil, ou de ficar se lamentando enquanto o príncipe encantado não chega em seu cavalo branco e te salva da torre mais alta. Virar a revoltada bêbada littlebitch da festa não vai adiantar, não pense que uma garrafa à meia-noite vai te fazer esquecer de tudo e ser uma pessoa mais up. Estando sóbria ou não, a vida é assim. Dói, caimos e erramos. Mas nos tornamos humanos. Agora vamos crescer um pouquinho, né? Isso não faz mal a ninguém.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Timidez


Não falar
Ter medo de respirar
Ficar vermelha com um olhar
Apenas observar
Esperar

Não agir
Apenas sorrir

Alguém para conhecer
Uma vontade de desaparecer
O medo de esquecer

Um nada entre tudo
Uma criança entre adultos
Entre cegos, um mudo

sexta-feira, 18 de junho de 2010

C'est la vie


A vida é assim, como um jogo. Onde somos perdedores e vencedores ao mesmo tempo, e sempre carregamos uma constante competição dentro de nós. Nunca estamos satisfeitos em estar em segundo ou terceiro lugar, queremos sempre estar no degrau mais alto do pódio. Ao longo do tabuleiro, damos passes errados, cometemos deslizes e perdemos algumas de nossas peças. Tudo isso é preciso. É necessário para aprendermos onde erramos, onde nosso adversário conseguiu achar uma fraquesa e derrubar um de nossos peões, e podemos fazer outras jogadas sabendo onde não podemos arriscar. A vida é imprevisível, sempre. As cartas estão na mesa. Uma vez que você entra na roda, não poderá mais sair. Jogando sozinho ou não, você já faz parte da partida. Cuidado com seus passes, não vacile, vai com calma. Use algumas táticas à seu favor, desde que elas sejam limpas. Sua peça vai ser a primeira a atravessar o final do tabuleiro.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sweet about me


Nem todos que me conhecem sabem como eu sou, como eu realmente sou. Por isso, resolvi listar algumas coisas, curiosidades talvez, sobre mim.

Não sou simpática. Pelo menos não do tipo que saio distribuindo sorrisos para todos que encontro na rua.
Tenho a insuportável mania de ficar balançando meu pé esquerdo e ficar "dando tchauzinho" com ele.
Me apego demais às pessoas, tipo muito.
Quero sempre poupar as pessoas de sentir dor (de qualquer tipo).
Morro de vergonha de qualquer coisinha. Mesmo.
No meu iPod você só vai encontrar músicas gringas. É quase uma raridade eu gostar de música brasileira.
Odeio amores platônicos.
Não tenho um estilo definido. Ou talvez eu tenha, e se chama Juliana.
Minha mãe é minha melhor amiga.
Gosto de reflexos na água.
Sabia desenhar muito bem, parei por uns tempos e agora saem tipo *argh*
Acho um charme meninos que falam inglês com sotaque britânico ou francês.
Para mim, sempre sou a correta, e se eu estiver errada fique quieto.
O filme de romance mais lindo que já assisti foi Wall-E.
Detesto Titanic.
Já quebrei meu braço esquerdo com 2 anos de idade e meu pé direito com 5.
Pra mim, música boa tem que trazer sentimentos nela, e não só tunts tunts tunts tunts.
Não gosto quando ficam me encarando.
Odeio quando me perguntam se uso lente ou qual é a cor do meu olho.
Se eu gosto de algo que depois vira modinha, deixo de gostar até que essa ridicularidade passe.
Gosto de vídeogame. Principalmente jogos de corrida.
Sou ciumenta, possessiva, agressiva, irônica e mais um pouco.
Choro por quase tudo.
Sou mais legal na TPM do que nos dias normais.

    terça-feira, 8 de junho de 2010

    Dentro de Mim


     Aqui, dentro de mim
    Existia um medo grande
    Uma dor sem fim

    Ando por esse mundo 
    Tentando me encontrar
    E a resposta que procurava
    Encontrei em teu olhar

    Já me decepcionei
    E isso me machucou demais
    Esse medo que me envolveu
    Não espero sentir mais

    Aqui, dentro de mim
    Também há alegrias
    Alegrias que existem
    Graças à tua lembrança dentro de mim.

    quinta-feira, 3 de junho de 2010

    Procura-se


    Alguém que possa me chamar de 'minha garota', 'minha melhor amiga' ou 'meu amor'. Alguém que possa segurar minha mão, me fazer rir, enxugar a lágrima que está caindo de meus olhos. Alguém que confie em mim, que me ame e que me conquiste todos os dias. Alguém que se importe comigo, que me procure, que saiba escutar meus problemas. Alguém que me acorde com uma mensagem dizendo que me ama, que me permita gravar sua voz dentro de mim. Alguém que queira me conhecer cada vez mais, que se esforce para tentar me entender. Alguém que chore comigo assistindo um filme, que escreva trechos das músicas que eu mais gosto. Alguém que possa me abraçar quando estiver fraca, que mecha em meus cabelos para me fazer dormir. Alguém que não tenha vergonha de estar comigo, que não fique feito um tonto com os amigos. Alguém que me respeite, acima de tudo, e que esteja sempre ao meu lado. Alguém que não faça falsas promessas ou juras de amor, porque isso vai me machucar se forem rompidas. Alguém que eu não tenha que correr atrás feito uma cachorrinha. Alguém que consiga me fazer amar e odiar ao mesmo tempo, alguém que ponha um sorriso em meus lábios só com a certeza que existe. Alguém que me faça sentir saudades da companhia, mas sem sumir do mapa. Alguém que não queira só um agora, e sim uma vida comigo.

    quarta-feira, 2 de junho de 2010

    I know you can show me

    Eu sei que te amo desde a primeira vez em que te vi. Por favor, não desapareça mais uma vez, eu não conseguiria aguentar. Porque só há uma coisa que eu preciso acreditar para poder viver - eu preciso saber que você existe. É só. Todo o restante eu posso suportar. Desde que você exista. Eu preciso de você. É a única forma de saber que eu posso ter esperanças e me tornar uma pessoa completa, sem estar faltando um pedaço de mim.

    22/04/2009

    sábado, 22 de maio de 2010

    Yeah, I still have hopes



    And sometimes you can even convince yourself that he'll see the light and show up at your door. And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new, and you'll meet people who make you feel worthwhile again, and little pieces of your soul will finally come back. And all that fuzzy stuff, those years of your life that you wasted, that will eventually begin to fade. 

    Iris, at The Holiday

    sexta-feira, 14 de maio de 2010

    I don't wanna play the broken-hearted girl


    É hora de seguir em frente, sem deixar o passado só pra trás. Não só viver de recordações, mas inventar motivos para ter novas a cada dia. Ser feliz e não se importar com os problemas. Cair, mas nunca deixar de levantar e estender a mão as pessoas ao seu redor. Rir, ria o máximo que você puder, até  ter dores musculares na barriga e crises de soluço, mesmo sabendo que nunca se pode evitar as lágrimas de tristeza. Não se importe com as mentiras, pois você tem a verdade ao seu lado. Não perca tempo se lamentando ou se culpando por tudo aquilo que passou, o problema não foi você nem ele, não foi besteira ter amado ou ter entregado seu coração, o amor nos deixa tonto, quem nunca amou que atire a primeira pedra. Somos capazes de amar sempre, se alguém não é, esse alguém não existe espiritual e emocionalmente. É uma estátua. Você é linda, com as lágrimas em seus olhos você não enxergará tudo isso. Procure uma nova música para cantar, mas sem a obrigação de estar cantando. Aproveite: você ainda vive.

    quinta-feira, 13 de maio de 2010

    you are the only exception

    You always have been the one who makes me feel well, happy. No one can make me feel angry and, in the same time, in love as you make me feel.
    I never wanted another someone. If I liked another guy, was just to try to forget you, forget the pain that I feel without you here near to me. If I hurted you, I'm really sorry. I hurt everyone, every time, even myself. I have my mistakes, I need them to be a human. You have yours too, and I'll accept them, if I need.
    You always make me smile just existing. You are the only one that I loved in my life. And what freaks me out is that you don't even know, and I'm afraid if you never will.
    Maybe you're not 'the chosen' for me, but always remember that I wanna be your friend. You always will be in my heart. Take good care who you love, don't matter who is.
    Hope to see you soon.

    xoxo, j.

    quarta-feira, 21 de abril de 2010

    I don't wanna just a memory in my life

    Saber que tudo na sua vida está prestes a mudar e ter que deixar tudo, todas as pessoas que você conviveu sua vida inteira é deprimente, é doloroso, irritante. Pessoas que você demorou pra conhecer, mas que você ama com um amor eterno e insubstituível. Pessoas que você prometeu pra si mesma que estaria ao lado, nunca abandonaria em nenhuma situação. Pessoas que você tem medo de perder, e principalmente decepcionar. Mudanças são dolorosas. Quem foi que disse que mudanças são necessárias, certamente não tinha a quem amar. Pode ser que eu até esteja sendo a little bit selfish. Mas, poxa, dá pra alguém me respeitar? Não estou pronta pra deixar meus amigos aqui, minha família que eu tanto amo, até as pessoas mais CHATAS/FALSAS/ENCREQUEIRAS/INSUPORTÁVEIS eu não quero deixar. Não estou pronta. Não quero. Não fui criada com mudanças, não fui feita pra certas mudanças. Elas me estressam, me cansam, não me fazem bem. Nem um pouco. Espero que essa mudança não seja feita, preciso que ela não seja realizada.