terça-feira, 21 de setembro de 2010

Preste atenção


  Preste atenção nisso, pois pode ser que não tenha coragem de dizer algo desse tipo para você ouvir.
  Não espere que eu vá te ligar após passar o dia sem conversar com você, porque não vou. Nem espere que eu fique agindo desesperadamente para ter sua atenção, porque isso está fora de meus planos. Gosto de ser procurada de vez em quando. Corte um pouco seu cabelo, porque desse jeito me incomoda. Mas não corte muito, para eu ver você brincar com ele enquanto percebe que estou olhando. Me abrace para me proteger, me abrace como se tivesse medo que eu escapasse, me abrace para sentir meu coração batendo rapida e enlouquecidamente com seu toque, para me aquecer quando eu disser "tá frio". Enxugue minha lágrima que por acidente está sendo derramada, e caso sejam muitas, peço que não se assuste: me abrace, deixando que eu forme leves círculos (mal) desenhados pelas minhas lágrimas em sua blusa, que por sinal eu amo quando você a veste. Já te disse, falo muita besteira quando estou brava, então já fique sabendo que quando começarmos a discutir, você vai ter que fazer com que eu fique quieta. Ah!, sempre que puder faça com que um sorriso apareça involuntariamente no canto de minha boca e me deixe corada. De vez em quando, pegue meu caderno e leia o que escrevo. Escreva uma resposta, nem que seja aquela famosa frase clichê formada por três palavras, mas que as três palavras sejam verdadeiras. Acorde-me com mensagens no celular, mas não muito cedo para eu não acabar mal-humorada. Sim, por favor, me faça sentir sua falta e sinta a minha também, mas não sempre para não nos tornarmos estranhos que não se falam. Naquele parque de diversão, aquele que eu te falei que abriu na cidade esses dias, tem uns bichinhos de pelúcia que sou apaixonada, já até dei nome para eles. Sabe, não seria nada mau você comprar os ingressos e ganhá-los para mim. Largue essa lata de Coca-Cola que me dá enjoos e segure mais na minha mão. Também é bom você ficar um tempo com seus colegas, e nunca falar mal das minhas amigas. Quando um de nós estiver saindo, simplesmente me abrace, diga que vai se cuidar. Mande uma mensagem, ou me ligue mesmo, só para avisar que está bem, mas deixe isso mais pro final e nem me ligue toda hora.  De vez em quando, diga com um olhar o quanto me ama, ou pelo menos tente. Esqueça de tudo isso, me surpreenda. Mas, por favor, que as surpresas sejam boas. Não siga tudo à risca nem tente fazer tudo de uma só vez. Se vire um pouco sozinho, aprenda a me amar, aprenda a gostar de mim. Antes que esqueça, amo o modo como sorri, seus lábios combinam perfeitamente com seus olhos. Faça isso mais vezes.
  E agora, para terminar, te digo as minhas palavras favoritas: EU TE AMO.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Procurando pela resposta


Uma vez me perguntaram: "O que é felicidade pra você?". No momento, lembro de milhares de pessoas, momentos e lugares, e em mais milhares de palavras para responder a pergunta. Nenhuma conseguiu passar de minha garganta. Com tanta demora, as pessoas desistem de escutar a resposta. Fico tentando pensar em algo, se todos conseguem responder, por que eu não? Às vezes acho que é por eu ter uma idéia diferente desse sentimento, acredito que esteja em detalhes, sorrisos e olhares, e não quando estou numa festa super badalada com um copo de bebida na mão e outros dez no chão. Não acho sentido nas coisas que meus colegas fazem (porque quando todos no grupo tem a mesma idéia e nenhum se opõe, algo está errado). Acredito que eu seja um adulto no corpo de uma adolescente de 16 anos, busco o que me trará não só uma felicidade momentânea mas uma felicidade eterna. Dias se passam, e outra vez me fazem a mesma pergunta: "O que é felicidade para você?".

sábado, 4 de setembro de 2010

Sweetest goodbye


Julie havia sido convidada para o jantar de bodas de prata dos pais de Sophie e Steve. Ela e o irmão de sua melhor amiga estavam juntos havia um mês, e ele iria aproveitar para apresentá-la oficialmente à sua família. Mal sabia ela o que a estava esperando. Chegada a grande noite, ela colocou um vestido lindo e leve que era de sua avó materna junto com uma sandália de salto, combinando delicadamente com seu cabelo preso num coque da moda. Seus pais a acompanharam na casa dos Campbell's. Tudo estava indo perfeitamente bem. Até que o primo de sua amiga e seu namorado atravessou a porta de entrada acompanhado pela mais nova namorada. Julie apertou forte a mão de seus, antes de mais nada, amigos. Era ele. Aquele cara que a fez chorar todas as noites antes de dormir por semanas, ou talvez meses. A garota com quem ele estava era o motivo para ela parar de acreditar na amizade. Sua ex-melhor amiga com seu ex-namorado. "O que ele está fazendo aqui? Aqui, na casa da minha melhor amiga. Na casa do meu namorado." Sophie, sabendo da história, fez de conta que eles não se conheciam e apresentou Julie ao seu primo e logo foram pro quintal conversar. Adam, o primo quebrador de corações, pediu que Sophie fosse ajudar na cozinha para ficar a sós com nossa querida personagem. Ouvindo toda aquela história, cansada de ter que ouvir aquela voz áspera e irritante, levantou-se e disse:
       - Esperei muito tempo por você, mas você estava ocupado demais para lembrar de minha existência. Não espere que eu vá voltar correndo pros seus braços.
Para você, meu mais doce adeus.