sábado, 23 de outubro de 2010

E o futuro?

 
O futuro é algo impossível de se prever e, quando sabemos o que vai acontecer, até perde lá sua graça. Mas as decisões que fazemos no presente podem alterar o que vem pela frente. Uma ideia que você tem pode mudar a vida de milhões de pessoas, uma escolha sua pode sim alterar um país. Com erros ou acertos, de quatro em quatro anos temos que exercer essas escolhas. Ano de eleição é sempre assim: na escola, todas as matérias tem algo relacionado a política, nas ruas centenas de cartazes com nomes desconhecidos e um monte de números, na mídia... POLÍTICA! E por mais que tudo gire em torno da política e em conscientizar a população, ainda há aqueles que não querem saber, que na hora de votar vão na urna e escolhe qualquer número (tem gente que até vota em político falecido!). O que era pra ser sério, hoje é dia em banal. O que era para ser pensado como novas chances de melhorar tantas coisas, é jogado de lado e rotulado como imprestável. Não acredito que a culpa esteja somente no meio do povo. Os líderes (que em sua grande maioria só lidera o dinheiro do povo para os próprios bolsos) também tem uma grande parte de responsabilidade pelo desinteresse do povo. Qualquer dia desses, preste atenção na sua aula de história (eu sei o quanto é difícil, mas vai valer a pena) e você verá que não é de hoje que os "chefões" não tem cumprido sua parte com a sociedade e com a pátria. Eu sei que não será o próximo presidente do nosso país que irá mudar a história inteira, mas acredito que ele poderá ajudar a ter uma nova continuação. Pense antes de votar, assim como você pensa antes de tomar qualquer decisão, e lembre-se que outras vidas dependem SIM de sua decisão.


*esse texto foi criado para a tag "De quinze em quinze", do blog Depois dos Quinze

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sinceridade


- Sim, mãe, peguei a toalha... a escova de dentes... aham mãe, to levando casacos... mãe, já está tudo pronto!
Malas, passaporte, passagens, bolsa, câmera, melhor amiga... tudo pronto para passar as férias na Itália. Seria uma viagem incrível se Steve não estivesse tão estranho nas últimas semanas. Julie conhecia aquela expressão, o que ela mais temia desde que o conheceu estava prestes a acontecer.
- Calma, Ju. Não vai acontecer nada. Eu conheço ele, ele te ama muito.
Cala a sua boca, Sophie. Não, não vou ficar calma. Sim, vai acontecer sim. E mesmo que ele me ame tanto assim como você me diz, ENTÃO POR QUE ELE ESTÁ DESSE JEITO? Puxa o ar. Conte até 1000. Agora solte.
- Tudo bem, Sophie, vou tentar desencanar um pouco. Agora, dá para andar mais depressa? Até aquela 'vozinha' de bicicleta conseguiu passar a gente.
Sophie tinha acabado de tirar sua licença para matar os outros carteira de motorista e resolveu dirigir até o aeroporto com seu irmão no banco traseiro dando ordens e mais ordens. Chegando lá, Steve saltou do carro e foi logo pegar as malas de Julie.
- Aa, muito obrigada, irmãozinho, por me ajudar aqui com as minhas coisas. - disse Sophie dando um soco no braço (um pouco mais musculoso) de seu irmão.
Julie conseguiu soltar uma gargalhada por ver a cena de seu namorado e sua melhor amiga trocando amores de irmãos. Após fazerem o "check-in", Julie voltou ao banco em que estava sentada, junto de seus tesouros, esperando o aviso de que o avião iria sair quando olhou no fundo dos olhos de Steve:
- Responda com toda a sinceridade: você me ama? E não venha com 'claro que sim' ou com frases feitas, porque você sabe que não gosto disso. Não precisa de um texto melodramático feito às pressas. Preciso apenas da verdade.
Com um olhar longo e um abraço apertado, sua pergunta foi respondida com um simples "gostaria que você não fosse". A princípio, Ju não entendeu o que ele quis dizer. Ela deitou sua cabeça no ombro do dono de seu coração e ele passou a brincar com algumas mechas de seu cabelo (que agora já estava batendo em sua cintura). Naquele momento, enquanto ela sentia algumas gotas caindo em sua cabeça, ela começou a pensar em tudo o que estava acontecendo. Tin-tum, passageiros do voo 000008910246 dirijam-se para o portão 9. Mais do que nunca, a mão de Steve estava presa fortemente em sua mão. Com um demorado beijo acompanhado de lágrimas (acho que esqueci de comentar que ele era sentimental e romântico), Steve arrumou a franja de Julie e disse:
- Você sabe a resposta. Sempre soube. Estarei te esperando. Volte logo, está bem, meu amor? E você, Sophie, tome conta dela e não deixe com que ninguém olhe pra ela. Eu amo vocês duas. - virou-se para sua namorada e completou:
- Sempre amarei.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem tem que voltar, volta.


Mesmo que por pouco tempo, ou por poucos risos. Mas quando uma pessoa é importante para nós, ela volta, cedo ou tarde, e nos encontramos numa ocasião inesperada. Trocas de olhares, sentam-se um perto do outro e depois de algum tempo, estão conversando. Sobre qualquer coisa, qualquer besteira. E a vontade de poder abraçá-la cresce a cada sorriso que forma graciosas covinhas que combinam com seus olhos  levemente puxados. Você não quer que isso acabe. Não demora muito, chega a hora de ir embora. Na despedida, lágrimas invadem seus olhos. Vai começar tudo de novo. A saudade, a preocupação. Meses depois, outro evento estará acontecendo, mais uma vez ele estará lá, lindo e perfumado. Ele voltou. Ele sempre vai voltar. Mesmo que por uma noite.