segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Let it shine


 Já me importei (e muito) com a opinião das pessoas, fazia aquele estilo de "tô nem aí, sou descolada" mas tinha necessidade de agradar os outros. Pois isso, graças a Deus, mudou. Cresci e me tornei quem sou hoje em dia. Sei que num futuro eu vou mudar de novo, vou amadurecer. Enquanto isso, pego meu café, folheio o jornal e procuro algo que me chame a atenção. Faço birra quando alguém não fala comigo e fico carente porque minha melhor amiga não retorna minhas mensagens. Procuro informações sobre milhares de faculdades e tento achar algum emprego perto de casa.
 Ouço a todo instante reclamações sobre mim. Tento mudar porque até eu fico enjoadinha de tantos defeitos. Mas... Quer saber de uma coisa? Eu vou é ser feliz. Ligar o botão "I DON'T CARE" e sair saltitando aí pelos campos verdes ou pelas ruas cinzentas. Soltar gargalhadas e que os outros olhem assustados. Eu quero é ser feliz, esqueceu? Não? Que bom. Quer me acompanhar? Não há lotação e nem precisa de passaporte, passagem ou preparar as malas para embarcar na aventura da felicidade. É só abrir seu coração e deixar o brilho do sol entrar.

sábado, 20 de novembro de 2010

Deixe-me, venha, não se vá


 A gente fica assim: você segue seu caminho, eu sigo o meu. Por hora, deixe-me aqui. Vá viajar, vá trabalhar, mas vá. E me deixe aqui. Procure-me um pouco mais, me espere mais um pouco e não entre em contato. Pelo menos por enquanto. Estou tentando me recuperar da última queda. Bem, não custa tentar. Mas me deixe aqui tentando. Sozinha. Sabe, não gosto muito dessa palavra. "Sozinha". Eu não estou sozinha. Nem você. Um dia ainda vamos nos encontrar, né? A gente vai se conhecer uma hora, ah! se a gente vai. Mas daí você me promete que não vai mais me deixar? Nem eu saio da sua vida, nem você foge da minha. Pode ser assim? Porque estou cansada, exausta, de caminhar por aí sem companhia, sem alguém para conversar, trocar risos. Venha, mas venha na hora certa. Vai ser num dia, ou numa noite (não me importa, contanto que chegue).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meu amargo novembro


 Chego em casa, tiro aquele tênis surrado e imundo e todo o meu uniforme. Coloco algo mais confortável, menos meu pijama preferido e meu par de pantufas. Ligo o netbook, vejo as novidades e... não, ninguém lembrou-se de mim. Tudo bem. Ninguém no msn. Como eu queria poder falar com alguém que sinto falta (mas orgulho besta não deixa). Deito-me na cama e começo a pensar na vida e converso com personagens imaginários (ser filha única não fez bem a minha saúde mental). Cadê a minha camiseta preta que deixei separada? Vou sair andar pela cidade e conhecer a nova loja de calçados que foi inaugurada há alguns meses. Quem sabe numa rua qualquer eu não encontre alguém para ir tomar um sorvete? Tenho que pagar a taxa de insrição da prova. Fila do banco tá muito comprida, volto amanhã. Tô precisando de um novo corte de cabelo, uma nova cor nas unhas, um novo vestido floral. E se não for pedir muito, um novo amor também. Não precisa ser desses de cinema, já me contento com um sincero e duradouro. Tudo bem, eu espero mais um pouco, não precisa ser tão já. Agora, deixa eu ir fofocar com a minha amiga e dar risada. Por favor, deixa-me ser feliz. Não muito, mas também não pouco: quero felicidade na medida certa. Ai, cansei. Posso voltar pra casa agora? Tenho que ajudar minha mãe a fazer a janta, depois que lavar a louça vou assistir novela. Já são 23:00? Okay, boa noite. Aula amanhã... não, não estou afim. Tenho que ir, é semana de provas finais. To enjoada de ver as mesmas pessoas lá do colégio. Gosto da minha voz quando dou "bom dia", ela fica rouca. Como o sinal é insuportável. Trabalho pra amanhã? Ah!, brincou, né profe? Tô exausta! Falta muito pra chegar dezembro?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Rascunho de uma futura pessoa


 Sou feita de lembranças daquilo que nunca existiu, de choros pelo que nunca se tornaria real. Sou feita de cicatrizes que eu mesma fiz quando achei que ia dar certo.
 Já fui daquelas que tem o barulho de seu choro como canção de ninar. Hoje, me sobrou a indiferença. Não é que eu não sinta, não é que não me importe. É só que eu aprendi a ser forte. Cometo meus deslizes, algumas vezes. Tenho recaídas, penso nunca mais me recuperar.
 Aprendi a continuar procurando pelo "felizes para sempre" que sempre acreditei existir mesmo que o mundo fale que é só mais uma besteira que nos fizeram acreditar.
 Tenho minhas imperfeições, e não são poucas. Não sou algum tipo de princesa inocente presa no alto de uma torre como todos pensam. Não aceito quando vejo algo errado e fica tudo como está. Batalho silenciosamente até que as coisas estejam corretas ao meu ver.
 Levo comigo tudo aquilo que me convém, e aquilo que não me faz bem, deixo numa caixinha pelo caminho. Quando olhar para trás, poderei ver que já fez parte de minha vida e terei uma prova de que um dia foi real.
 Sempre me empolgo com uma ideia, mas logo depois acaba aquela vontade de continuar fazendo aquilo. Nunca consigo fazer com que algo dure por muito tempo. Tenho problemas? Não, tenho que aprender a crescer. Tenho que aprender a ser uma pessoa diferente e parar de esperar as mudanças dos outros.