sábado, 23 de abril de 2011

Apresentando a pequena J


 Ela nunca foi a garota mais popular, ou mais alta, ou mais bonita, ou mais qualquer coisa da turma. Sempre foi tímida, sempre se sentiu (ou sempre foi considerada) a amiga-feia. Porque, afinal, ela era diferente. Sempre foi. Mas quem foi que disse que o mundo aceitava as diferenças dela? Todos a olhavam com desprezo, com dó. Ninguém a quis conhecer ao fundo. NINGUÉM. Por mais que estivesse rodeada de pessoas, ela sentia-se sozinha. Como se ninguém a entendesse. E sabe o que era o pior de tudo? Ela tinha que suportar pessoas que tinham tudo se fazendo de vítima. Pessoas que namoraram 30 caras e ainda falavam "Ai, ninguém me ama. Ai, porque eu não arranjo namorado. Ai porque...". Afinal, o que se passa pela mente de gente assim? Mas ela mudou. Ela aprendeu a deletar de sua vida tudo o que era atraso. Aprendeu a ignorar as pessoas, ignorar os fatos. Aprendeu a valorizar o que lhe fazia bem. Aprendeu que sua felicidade não estava na mão, boca ou coração de outra pessoa, e sim em si própria. Sua vida só seria alegre se ela fizesse aquilo que acredita ser certo. E ela mudou. E ela cresceu. Hoje, ela não é mais aquela menina que não tinha boca pra nada. Hoje ela se sente amada. Hoje ela se completou. E todos notaram que nossa pequena J não é mais tão pequena assim.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Hora de mudanças


 Sem rodeios, direto ao ponto: tenho medo que gostem de mim. Descobri isso há alguns dias, mas era apenas uma hipótese. Melhor eu explicar, né? É o seguinte. Eu tenho medo que alguém se apaixone por mim, e eu não conseguir retribuir. Tenho medo de machucar a pessoa, porque eu sei o quanto dói. Tenho medo de mudar, tenho medo de crescer. E sim, eu acho que um relacionamento te faz amadurecer. Talvez seja por isso que eu sempre invento essas paixões por pessoas que eu sei que nunca vão retribuir. O problema é que cansei disso. Cansei, cansei, cansei. Porque ficar por aí, achando que nada nunca vai dar certo na minha vida, sinceramente, não é pra mim. Então o jeito é aceitar. Viver. Rir. Curtir. Porque uma hora, isso vai acabar. Ou melhor, irá começar. As borboletas no estomago, o beijo na testa, os abraços enquanto estamos voltando pra casa. E daí, esse medo que eu tenho vai sumir, pra nunca mais voltar.