sábado, 26 de novembro de 2011

Querida Julieta


                 Ainda não achei meu verdadeiro. Sim, já tive (vários) amores platônicos típicos de adolescente, mas nada que fosse real.
                Acredito no amor e ainda o espero. Com o tempo sei que ee chega, num dia qualquer já predestinado para acontecer. Não me desespero: vou me preparando para recebê-lo e deixá-lo consumir meu coração.
               Muitos dizem e oensam que isso tudo é besteira, que não vale a pena. Mas eu sei que ele existe, lá na vidinha dele, passando por tudo o que ele deve passar. Mas ele existe, posso sentí-lo. Passamos por tudo o que temos que passar, sofreremos o que tivermos de sofrer, até o dia em que Deus juntar nossos caminhos e seremos um só corpo, sofrendo e alegrando-nos com o que há de vir.
              Aqui dento, eu e meu coração sabemos que pertencemos a alguém, e alguém pertence a nós. Desejamos sorrir para sempre, mesmo quando houver problemas. Seria pedir demais?
              Quanto tempo vai demorar? Bem, não sei. Não sei de nada. Na verdade, sei que o tempo de espera será nada comparado à tudo o que esse amor representa (e representará) para mim.
              Como uma vez Caio disse, “Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro”. Acredite quando digo que não me arrependo de tal feito.

Julieta, espero que me entendas. E se possível, avise-o que estou esperando. Com toda minha fé, com todo meu amor. Sou dele, e de mais ninguém. O amo, eternamente.

Um grande beijo,
Juliana.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pedidos de desculpa

                                                         Springtime - Foto tirada por Anita


Desculpa-me, sociedade, se minha risada é alta e vem do fundo de minha alma. Desculpa-me se gosto da bagunça dos cobertores na minha cama e a marca do meu travesseiro. Desculpa-me, críticos da vida, se não gosto de baladinhas, festinhas, ou qualquer coisinha. Desculpa-me, turminha legal, se eu odeio cerveja, não bebo até cair pelos cantos da cidade, não fumo ou não uso drogas. Desculpa-me, princesinhas modernas, se eu ainda acredito no amor verdadeiro, espero e luto por ele. Desculpa-me, alunos de hoje em dia, se eu prefiro estudar e batalhar pelo meu futuro a ficar conversando e não ter definições pra minha vida. Desculpa-me, filhinhos de papai, se eu trabalho e ganho meu próprio salário, dando valor ao suor e esforço alheio, ao invés de ser sustentada pelos meus pais e ser só mais um nesse mundo. Desculpa-me, donos da razão, se eu sei quando estou certa e luto para provar, e que quando estou errada admito coisa tal, ao contrário de humilhar os outros e nunca reconhecer. Desculpa-me, falsos amigos, se eu não sei guardar mágoas, mas sei quem são os melhores para mim. 
Desculpa-me se choro por tudo, sofro por tudo e sorrio por tudo. Desculpa-me se no meio de todo esse caos mundano eu ainda sinto, meu coração não se transformou em pedra. Desculpa-me se troco noites em claro com os amigos por dias e noites com minha família. Desculpa-me se acho que o sexo virou uma coisa vulgar e banal. Desculpa-me se eu prefiro estar solteira e sem “peguetes” do que ter alguém e não ser amada. Desculpa-me se prefiro a sinceridade ao invés da falsidade. Desculpa-me se não faço promessas em vão. Desculpa-me se eu amadureci e não sou mais uma adolescente fútil e ingênua. Desculpa-me se quando escrevo você não entende minhas palavras. Desculpa-me se você presta mais atenção na minha voz do que na alegria que sinto em cantar. Desculpa-me se tenho esse jeito meio bagunçado, meio descuidado, meio desvairado. Desculpa-me se sou indecisa, apesar de constante decisões. Desculpa-me se ainda sou ingênua e insegura. Desculpa-me se não sei ser misteriosa, nem histérica, nem revoltada. Desculpa-me se sou palhaça e me estresso facilmente.
Desculpa-me, vida, se eu sou assim. Porque eu não vou mudar.

Oi gente! Aproveito esse meu momento "desculpa" para pedir mil desculpas por ter deixado o blog abandonado. Último bimestre do último ano não é fácil. Graças a Deus minha fase de vestibular já passou (assim como eu!), agora é só fechar as notas da escola (oi, correria!) e descansar até o início do meu curso da facul. Prometo voltar a escrever ao menos uma vez por semana nessas férias. 
Um beijo.