terça-feira, 28 de julho de 2009
Whatever will be
Algo que ando percebendo é como o mercado de trabalho anda tão presente em nossas vidas desde pequenos. Quem nunca sonhou em ser médico (ou qualquer outra profissão) quando criança? O governo (talvez não só ele) já vem impondo a nós a trabalharmos. Agora, no ensino, não são mais somente 8 anos no ensino fundamental, são 9. Todos devem saber falar alguma outra língua e/ou ter um curso (seja de informática ou de línguas) em seu currículo. Sim, eles exigem muito de nós. Algumas escolas de idiomas tem uma sala para criança de 4 anos aprenderem japonês (?). Eu concordo que as crianças estão em uma fase de aprendizagem, mas acho que é por isso mesmo que não devemos exigir tanto delas. Elas nem aprenderam o beabá do português (que é sua língua-mãe) e já estão formando frases em outras línguas. Não estou dizendo que sou contra, mas acho que uma criança deve primeiro aprender as palavras no bom português e, na própria escola, ter aulas de inglês. Eu digo isso porque foi assim comigo. Aos 6 anos de idade, comecei a ter aulas de inglês na minha escola. Me interessei e gostei tanto que já fiz curso e falo em inglês (minha pronúncia é ruinzinha, mas consigo compreender perfeitamente o que dizem). Meus pais nunca me cobraram nada por isso, fui eu, já novinha, que me interessei. Muitos de meus colegas são cobrados pelos pais, mas eles não estão nem aí. Sim, as crianças tem capacidade de escolher o que querem. Então, acho que se meu filho não quiser estudar alguma outra língua nem que a vaca tenha uma crise de tuberculose, não posso forçá-lo. Mas, se ele tiver aula em sua escola, vou exigir um pouco que ele tenha uma nota razoável e, quem sabe, ele comece a se interessar. Mas eu deixarei ele escolher. Ninguém me obrigou a fazer uma escolha quando eu era nova, então por que irei obrgá-lo, certo?
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