sábado, 24 de julho de 2010

Chuva, café e um sobretudo preto.


Era um dia chuvoso e frio naquela cidade. Um dia perfeito para ficar em casa... ou não. Julie vestiu seu jeans skinny velhinho, uma sapatilha que nunca saía de seus pés, uma camisa que ainda estava com o perfume dele, e um sobretudo preto. Sem rumo ou esperança de encontrar algum rosto conhecido, saiu pelas ruas debaixo do guarda-chuva xadrez. Seguindo por uma rua muito movimentada (mas não naquele dia) daquela cidade quase desconhecida do interior, avistou uma cafeteria inaugurada no começo do mês de junho. "Por que não?". Ela entrou naquele lugar e foi direto ao balcão, sem olhar pros lados como se procurasse alguma coisa. Uma moça simpática (simpática até demais pro gosto de Julie, mas que em breve se tornaria sua amiga) atendeu sua mais nova cliente e entregou o pedido. Capuccino médio, um prato de cookies e uma mesa só pra ela. Ela precisava disso, um momento só pra ela, sem distrações. Longe de pessoas insignificantes, longe de um mundo corrupto e cheio de hipócritas. Era ótimo como ela se sentia. Levantou-se, pagou a balconista e, com um grande sorriso (o que era uma raridade), agradeceu e prometeu voltar lá todos os finais de semana. Para muitos, seria mais uma monotonia de sua vida. Para ela, cada dia naquela cafeteria era diferente. Era o lugar onde poderia se esconder quando quisesse fugir de seus problemas. Ela passou a amar aquele lugar. Aquele lugar passou a amá-la.

3 comentários:

  1. Me lembrou muito o filme "Remember Me" onde ele também vai pra uma cafeteria para ter um momento sozinho e pensar. Adorei o texto! Beijos

    ResponderExcluir
  2. heey juliana, te indiquei em um joguinho. se quiser responder :D beeijo

    ResponderExcluir
  3. Ela passou a amar aquele lugar. Aquele lugar passou a amá-la." que lindinho o texto *-*' beijo grande amei aqui. estou seguindo.

    ResponderExcluir