terça-feira, 19 de julho de 2011

Sentimentos congelados


Tudo estava bem, ou pelo menos achava eu que estava. Ria, me alegrava, corria, sonhava. O brilho do sol sempre motivou meu lado "de bem com a vida", ao atingir minha pele aquecia um coração cheio de esperanças.
Julho chegou, e com ele o inverno também. O frio despertou todas aquelas lembranças amargas e sofridas que tanto lutei para deixá-las para lá. A cada floco de neve que vejo caindo lá fora, vejo um sonho que se despedaçou e nunca poderá ser realizado. Todos esses casacos de lã e cobertores não são capazes de tirar o frio que só ele era (e é) capaz de espantar.
Como fomos nos perder desse modo? Onde foi que nossos caminhos se descruzaram e a vida o afastou de mim? É tão difícil de respirar, o ar de fora é muito gelado e por dentro cada célula implora e suplica por um pouco de calor.
Tantas conversas, antes repletas de risos, hoje já não existem mais. Éramos felizes com nossa vidinha pacata, porém cheia de pequenas alegrias. Mas o vento gelado do inverno arrastou o meu pequeno e tão amado para longe de minha vida. 
Agora, minha realidade é abraçar um travesseiro, ser abraçada pelas cobertas, ser beijada pelo frio, ser amada pelo vazio.
O que me resta é esperar pela primavera, e que com ela venham novos amores, novos risos, novos calores. Mas tudo, tudo, terá um pouco dele. Sempre terá um pouquinho dele dentro de mim.

*esse texto foi criado para a tag "De quinze em quinze", do blog Depois dos Quinze

- Esse texto não tem nada a ver a minha realidade, então pode ser que não esteja tão legal quanto era pra ser ou tenha vários parágrafos.
- Devo pedir desculpas por meu sumiço repentino, tem acontecido várias coisas (boas e ruins) que mal tenho tempo para respirar e/ou pensar.
- Estou com um novo twitter (@cakewithmilk) e mudei o endereço/nome do meu tumblr (Un peu d'amour).

Um comentário:

  1. Andou vivendo minha vida, não é possível não, hahaha. E como ti, espero pra que a primavera me alegre, porque já cansei do inverno me fazendo ter essas crises de nostalgia. Amei o texto! Beijos.

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