domingo, 15 de agosto de 2010

5 pm


Era um dia ensolarado, do tipo que pessoas como Julie não suportavam. Ela estava diferente. Usava um vestido florido com uma sapatilha bege, seu cabelo (agora bem mais comprido) estava preso numa trança. Talvez as férias de verão estavam fazendo bem. Julie e Sophie, sua amiga balconista, estavam dando umas voltas no parque principal da cidadezinha do interior. Ela estava estranhamente feliz. Deitaram-se naquela grama perfeitamente verde do parque, a uns 15 metros do lago, e, como duas crianças de 6 anos, brincaram de desenhar nas nuvens. Entre risos e dores musculares na barriga, Julie foi adormecendo. Dormiu, por aproximadamente 15 minutos. Acordou com Sophie aos berros porque seu irmão acabara de voltar de uma viagem de intercâmbio da Inglaterra. Seu nome era Steve, havia completado 18 anos uma semana antes de voltar. Ele era lindo. Perfeito. Uma brisa passou e brincou com seus cabelos negros, ligeiramente ondulados. E aqueles olhos castanhos que mostravam tamanho amor por sua irmazinha e uma timidez por conhecer a amiga dela? Julie virou uma completa idiota perto dele. Ela havia se proibido de sentir algo daquele tipo, mas, e daí? Ela já estava evitando o amor há muito tempo. Já era hora de enfrentar seus medos e traumas e ter uma vida. Uma vida com uma pitada de amor e borboletas no estômago.

2 comentários:

  1. "Já era hora de enfrentar seus medos e traumas e ter uma vida. Uma vida com uma pitada de amor e borboletas no estômago." O amor nunca tarda a vir, não é? Adoro o jeito que escreve!
    (sei que é bobagem, mas que legal 13:13 na postagem. haha q) Beijos.

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  2. pois é, o amor sempre nos pega de surpresa.
    e nem havia reparado no 13:13. haha, legal mesmo. obrigada :D

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